Imagem aérea de explosões em Damasco que mataram 40 pessoas| Foto: AFP PHOTO/HO/SANA

Duas fortes explosões simultâneas que atingiram o sul da capital da Síria, Damasco, deixaram mais de 55 mortos e 372 feridos, informou nesta quinta-feira a TV estatal local. Imagens da emissora mostram dezenas de carros esmagados e queimados, alguns contendo restos humanos incinerados. A emissora descreveu o ocorrido como "duas explosões terroristas" no distrito de Kfar Souseh, que abriga um complexo de inteligência militar envolvido na repressão do presidente Bashar al-Assad à oposição.

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Este foi o ataque mais violento já lançado na cidade desde o início do levante popular contra o regime do presidente sírio Bashar Assad, em março do ano passado.

As explosões ocorreram no distrito de al-Qazaz, próximo à sede de um edifício militar de inteligência, às 7h50 (1h50 de Brasília), num momento em que muitos sírios seguiam para o trabalho.

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Ninguém assumiu a autoria do atentado, mas um grupo inspirado pela Al-Qaeda é apontado como responsável por vários atentados que tiveram instalações de segurança como alvo desde dezembro, gerando temores de que grupos extremistas estão se aproveitando do conflito na Síria para agir.

O regime sírio alega que a série de ataques é prova de que terroristas, e não simples dissidentes, estão por trás da onda de violência no país.

O major-general norueguês Robert Mood, líder da equipe de observadores da ONU que está na Síria para verificar o cumprimento de um acordo de cessar-fogo em vigor desde 12 de abril, foi ao local dos ataques e afirmou que o povo sírio não merece essa "terrível violência".

As explosões deixaram duas crateras na entrada do complexo militar onde fica o edifício, uma dos quais com três metros de profundidade e seis metros de diâmetro. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

O centro de Damasco está sob o controle de forças leais ao presidente Bashar Assad mas tem sido atingida por vários ataques a bomba, que com tiveram como alvos instalações ou comboios militares. Líderes da oposição negaram responsabilidade sobre os ataques desta quinta-feira e acusaram o governo de causar as explosões para justificar a repressão contra grupos rebeldes.

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Na quarta-feira, uma bomba armada em uma estrada próxima à cidade síria de Deraa atingiu carros que acompanhavam um comboio com observadores da ONU que monitoram o cessar-fogo prometido pelo governo. Em um dos veículos estava o chefe da missão de paz das Nações Unidas. Ao menos sete soldados sírios firam feridos.

Segundo dados da ONU, mais de 9.000 pessoas foram mortas por forças de segurança sírias desde o início dos protestos contra Assad. O governo sírio afirma que insurgentes mataram 2.600 policiais e agentes de segurança no mesmo período.