43 mortos é o número de vítimas registrado ontem no Paquistão, a maior parte delas após um ataque a bomba em uma mesquita xiita no sudoeste do país.

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Pelo menos 18 pessoas morreram ontem e mais de 60 ficaram feridas em uma dupla explosão contra uma mesquita xiita na cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão. O ataque foi a ação que causou mais mortes em um dia em que 43 pessoas morreram por causa da violência no país.

As ações acontecem em meio à visita do primeiro-ministro britânico, David Cameron, à capital Islamabad. Na cidade, ele afirmou que o combate ao terrorismo exige "uma resposta dura e sem compromissos em termos de segurança", assim como investimentos em educação e contra a pobreza.

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Segundo autoridades locais, o ataque começou após a explosão de uma granada de mão, o que forçou os fiéis da etnia Hazara, uma das vertentes do xiismo, a entrarem na mesquita. Em seguida, um homem-bomba detonou um cinto de explosivos dentro do templo, onde ocorreu o maior número de mortes.

A televisão local mostrou imagens de ambulâncias chegando ao para socorrer os feridos e corpos que foram cobertos com panos brancos. Parte dos muros das lojas ao lado da mesquita tiveram as paredes furadas por bolas de metal que foram colocadas junto com a bomba.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque imediatamente. Muitos ataques contra hazaras no passado foram assumidos por Lashkar-e-Jhangvi, um grupo militante sunita alinhado com a escola islâmica Takfiri Deobandi, que vê xiitas como infiéis.

Ataques

Mais cedo, outras 25 pes­­soas morreram em uma série de ataques na cidade de Peshawar, no noroeste do país. Em uma estrada próxima à cidade, um carro-bomba explodiu ao lado de um comboio das forças de segurança que seguia para a cidade de Kohat.

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Entre os mortos, estão 12 soldados e cinco civis, sendo quatro crianças e uma mulher. Outras 46 pessoas ficaram feridas. No Waziristão do Sul, uma bomba matou quatro pessoas na cidade de Wana, enquanto no Waziristão do Norte uma explosão matou quatro guardas e deixou 12 feridos.

Nenhum grupo reivindicou os atentados até o momento, mas o principal suspeito é o Talebã paquistanês, que executa ataques frequentes contra as forças de segurança. Nos últimos sete anos, a rebelião provocou milhares de mortes no país.

A região noroeste, que faz fronteira com o Afeganistão, é conhecida por abrigar tribos vinculadas ao grupo insurgente e à rede terrorista Al Qaeda e é alvo constante de ações do governo paquistanês e ataques dos Estados Unidos.