Genebra O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) afirmou ontem que há "mais que suficientes" tecnologias e energias sustentáveis para satisfazer a demanda energética e, ao mesmo tempo, frear a mudança climática, mas "somente se forem tomadas medidas-chave nos próximos cinco anos". Essa é a principal conclusão do relatório "Soluções Climáticas: A visão do WWF para 2050", divulgado ontem pela organização, com sede em Gland (Suíça).
Trata-se do primeiro estudo da organização internacional que especifica as linhas mestras de um modelo energético baseado somente em energias sustentáveis, com que é "técnica e industrialmente viável" frear o aquecimento global. Entre suas propostas está melhorar a eficiência energética, reduzir o desmatamento, acelerar o desenvolvimento de tecnologias que emitam menos gases e aumentar o número de veículos que combinem combustíveis de origem fóssil e biocombustíveis, além de equipar todas as refinarias com tecnologias de armazenamento de carbono.
Segundo o relatório, há suficientes fontes de energia já conhecidas e testadas cientificamente que até 2050 poderão satisfazer a demanda energética global que deverá dobrar neste período , além de reduzir entre 60% e 80% as emissões de dióxido de carbono. Para alcançar esta meta é imprescindível que sejam tomadas medidas em um prazo de cinco anos para conseguir, na década posterior, uma redução efetiva das emissões globais de gases do efeito estufa, alertou o WWF.
O diretor-geral da organização, James Leape, ressaltou em comunicado que o estudo mostra que é possível "reduzir o perigoso nível de emissões de dióxido de carbono sem afetar o desenvolvimento dos países". Leape pediu à comunidade internacional que não desperdice os próximos cinco anos, nos quais devem ser "plantadas as sementes da mudança".
O estudo foi elaborado por um grupo de especialistas em energia que foi criado no final de 2005, com a colaboração de quase cem cientistas.
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