O novo chefe da Organização de Energia Atômica do Irã disse neste sábado (18) que o Estado islâmico e o Ocidente precisam renovar esforços para construir uma confiança mútua e encerrar uma disputa sobre o programa nuclear de Teerã.
Foi o primeiro comentário oficial de Ali Akbar Salehi desde que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, o nomeou na quinta-feira para substituir Gholamreza Aghazadeh como chefe do órgão que controla as atividades nucleares iranianas.
"Esperamos que, em vez das hostilidades nos últimos seis anos, mais esforços sejam feitos para ganhar confiança mútua", afirmou Salehi, que recebeu educação norte-americana, à televisão estatal.
Ele não indicou, no entanto, que o Irã estaria preparado para interromper ou congelar os trabalhos nucleares que o Ocidente suspeita ter como objetivo a fabricação de bombas atômicas, o que Teerã rejeita.
Ahmadinejad, reeleito no mês passado para o segundo mandato de quatro anos, descartou as perspectivas de o Irã se curvar para a pressão do Ocidente e conduzir negociações sobre o tema.
Seu primeiro mandato viu uma constante expansão da atividade de enriquecimento de urânio, que pode ter fins civis ou militares.
A Organização de Energia Atômica do Irã é o principal órgão para o programa nuclear do país, mas o seu chefe não lidera as conversas com as grandes potências sobre o tema.
Salehi, que estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), é ex-representante do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da Organização das Nações Unidas no governo do ex-presidente Mohammad Khatami, um reformista.
Analistas dizem que ele é um político moderado, favorável a resolver a disputa nuclear do Irã com o Ocidente através da diplomacia.
O Irã, quinto maior exportador de petróleo do mundo, afirmou que suas atividades nucleares têm propósitos pacíficos, de gerar eletricidade.
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