A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou ontem que a magnitude da epidemia do Ebola, na África Ocidental, foi subestimada. A Cruz Vermelha e várias ONGs insistiram na necessidade de uma mobilização maior para lutar contra o vírus.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) advertiu, por sua vez, que a crise provocada pelo Ebola ultrapassa a capacidade das organizações de ajuda para frear a epidemia.
A situação provocada pelo vírus "se deteriora, movendo-se mais rápido que nossa capacidade para enfrentá-lo; como em tempos de guerra temos uma falha total das infraestruturas. Se a situação não se estabilizar na Libéria, jamais poderemos estabilizar a região", declarou a diretora da MSF, Joanne Liu.
A OMS disse em um comunicado que "os funcionários presentes nas zonas de epidemia recolheram provas que demonstram que o número de casos reportados e o de mortos subestimam amplamente a magnitude da epidemia".
O último balanço da OMS indica que, em 13 de agosto, a epidemia do vírus Ebola no oeste da África tinha deixado 1.145 mortos, dos quais 380 na Guiné, 413 na Libéria, 348 em Serra Leoa e quatro na Nigéria.
Diante desta situação, "a OMS coordena um aumento maciço da resposta internacional [diante da epidemia] com o apoio individual de diversos países, agências de controle de doenças e agências das Nações Unidas".
A OMS afirmou que os centros americanos de controle e prevenção de doenças irão equipar os países afetados com computadores para poder ter uma visão em tempo real da evolução da epidemia.
"A epidemia pode durar um certo tempo. O plano operacional de reação da OMS será realizado ao longo dos próximos meses", ressaltou a organização. O Programa Mundial de Alimentos da ONU anunciou que fornecerá ajuda alimentar para um milhão de pessoas em países afetados pelo Ebola.
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