Dois novos casos alarmantes de Ebola surgiram na Nigéria ampliando o círculo de pessoas contaminadas para além do grupo imediato de cuidadores que tratou de um passageiro de avião que estava morrendo em uma das maiores cidades da África.
O surto também continua a se espalhar em outras partes da África Ocidental, com outros 142 casos registrados, totalizando 2.615, com 1.427 mortes, afirmou a Organização Mundial de Saúde (OMS) na sexta-feira.
A maior parte dos novos casos estão na Nigéria, onde o governo está entregando arroz doado para um bairro pobre, onde 50.000 pessoas foram isoladas do resto da capital, na tentativa de conter o surto.
Novos centros de tratamento na Libéria estão sobrecarregados por pacientes que não foram previamente identificados. Um centro com 20 camas abriu suas portas para 70 pessoas possivelmente infectadas, provavelmente provenientes de áreas onde acredita-se que as autoridades não vão permitir a entrada de médicos, disse a agência de saúde das Nações Unidas.
"Esse fenômeno sugere fortemente a existência de um grupo de pacientes que não estão sendo detectados pelo sistema de vigilância", disse a agência. Isso "não tinha sido visto antes em um surto de Ebola".
Os dois novos casos na Nigéria foram infectados por seus cônjuges - profissionais de saúde que tiveram contato direto com o liberiano-americano Patrick Sawyer, que voou para a Nigéria a partir da Libéria e do Togo e infectou outras 11 pessoas antes de morrer, em julho. O cuidadores masculinos e femininos também morreram depois, disse o ministro da Saúde, Onyebuchi Chukwu, ontem.
Autoridades nigerianas inicialmente afirmaram que o risco de exposição ao vírus era mínima, porque Sawyer foi levado para o isolamento depois de chegar ao aeroporto. O comissário de saúde do estado de Lagos, Jide Idris, reconheceu mais tarde que Sawyer não foi imediatamente colocado em quarentena.
Os dois novos casos foram colocados em quarentena, há dois dias, enquanto estão sendo testados, disse Chukwu. Eles tinham sido colocados anteriormente sob vigilância, o que significa que foram examinados diariamente para ver se desenvolveram quaisquer sintomas, mas seus movimentos não eram restritos. A partir do momento que eles mostraram sinais da doença, eles foram encaminhados para a quarentena.
No total, 213 pessoas estão agora sobe supervisão na Nigéria, incluindo seis pessoas, todas consideradas "contatos secundários", como os cuidadores dos cônjuges, e estão sendo monitoradas no estado de Enugu, localizado a mais de 500 quilômetros a leste de
Lagos. Um laboratório móvel capaz de diagnosticar a doença foi transferido para lá, afirmou Chukwu.
O total de infecções confirmadas na Nigéria é agora de 16. Cinco pessoas desse número morreram e cinco se recuperaram. O resto está sendo tratado em um isolamento em Lagos, a capital comercial onde o avião de Sawyer pousou.
O dano provocado pelo vírus foi muito maior na Guiné, Serra Leoa e Libéria, que lidam, cada um, com centenas de casos. A Libéria foi a mais atingida, registrando 1.082 casos e 624 mortes.
Na Libéria, um adolescente morreu após ser baleado por forças de segurança em West Point, uma favela que foi bloqueada nesta semana para impedir a propagação do vírus Ebola, disse o porta-voz do governo do país na sexta-feira.
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