O regime de Cuba revisou "para baixo" sua projeção de crescimento econômico para 2023 e espera agora uma contração de "até 2%" do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informou o ministro da Economia da ditadura castrista, Alejandro Gil, ao Parlamento do país nesta segunda-feira (18).
A nova estimativa representa uma forte queda em relação à previsão inicial de 3% de expansão, feita no começo deste ano, e reflete o “cenário adverso” enfrentado pela ilha, que sofre sob o regime de Miguel Díaz-Canel com a escassez de alimentos, medicamentos e combustível, a inflação alta, os apagões frequentes e os resultados ruins do setor de turismo, que era um dos pilares da economia cubana.
O turismo não atingirá os objetivos estabelecidos pelo regime comunista para este ano. De acordo com Gil, da meta de 3,5 milhões de visitantes esperados, prevê-se apenas pouco mais de 2 milhões. Esse seria o segundo ano consecutivo em que o país não consegue atingir sua meta no setor, que ainda não recuperou os 4 a 5 milhões de visitantes registrados antes da pandemia de covid-19.
Além disso, o governo aprovou no começo deste mês uma reforma da Lei Orçamentária de 2023 para aumentar o déficit fiscal em mais de 44%, para 98 bilhões de pesos (cerca de US$ 4,08 bilhões). Isso representaria cerca de 15% do PIB cubano, de acordo com estimativas de especialistas independentes, após três anos consecutivos com déficits fiscais acima de 10%, valores que apontam para um desequilíbrio macroeconômico.
A grave crise econômica e social em Cuba se agravou nos últimos anos por conta da má gestão. Por causa da instabilidade, uma onda de migração e descontentamento social tomou de conta da população, que acabou se manifestando em algumas ocasiões e sendo duramente reprimida e perseguida pela ditadura de Díaz-Canel. (Com Agência EFE)
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