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Reconhecimento

“Economia de resultados” vale o Nobel

Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas (Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

Estocolmo – As licitações pela internet, o trabalho das agências reguladoras e os programas de bônus para executivos são alguns exemplos de aplicações práticas da teoria do desenho de mecanismo, que deu aos acadêmicos americanos Leonid Hurwicz, Eric S. Maskin e Roger B. Myerson o prêmio Nobel de Economia, anunciado ontem. A teoria desenvolvida por eles ajuda a explicar as situações nas quais os mercados trabalham e as situações nas quais os mercados não trabalham.

Hurwicz, de 90 anos, é o mais velho vencedor do Nobel, de acordo com a academia. "Eu realmente não esperava isso," disse o pesquisador, nascido em Moscou. "Existiram tempos quando outros diziam que eu estava para ganhar o prêmio, mas à medida que os anos passaram e nada aconteceu, eu não esperava que o reconhecimento viria", ele disse.

A teoria desenvolvida por eles ajuda a explicar como incentivos e informações privadas afetam o funcionamento dos mercados, por exemplo, quais políticas de seguros providenciarão a melhor cobertura sem convidar ao abuso dos recursos. A teoria também ajuda a explicar como vendedores e compradores podem maximizar seus ganhos de uma transação.

A teoria do desenho do mecanismo começou a ser elaborada em 1960 por Hurwicz e após isso desenvolvida por Maskin e Myerson na década de 1970, disse a Academia. Essencialmente, os três estudaram como a teoria do jogo pode determinar o melhor, mais eficiente método para alocar recursos, a partir das informações disponíveis, incluídos os incentivos aos que estão envolvidos.

Maskin, de 56 anos, é professor no Instituto de Estudos Avançados em Princeton, New Jersey; e Myerson, de 56 anos, é professor na Universidade de Chicago, em Illinois.

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