Economistas de Wall Street estão revisando para cima suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) e para o déficit orçamentário dos Estados Unidos nos próximos dois anos, após a aprovação da reforma tributária pelo Congresso, que foi transformada em lei na semana passada pelo presidente Donald Trump.
Enquanto isso, o Congresso deve considerar um acordo em janeiro para aumentar o teto da dívida e aumentar os gastos com alívio de emergências, para resolver o impacto dos furacões no começo do ano.
Combinados, os cortes de impostos e o aumento do teto da dívida devem aumentar o crescimento do PIB em 0,7% em 2018 e em 0,2% em 2019, de acordo com Lewis Alexander, economista do Nomura Securities. Ele disse que um aumento dos gastos do governo pode ser responsável por metade do impulso no próximo ano.
"Uma razão pelo nosso relativo otimismo com o crescimento em 2018 vem do generoso e histórico ciclo de estímulo fiscal neste ano", disse Alexander. Ele ponderou, no entanto, que a mudança na perspectiva de gastos federais ainda não foi estimada pelo mercado.
Na semana passada, economistas do Goldman Sachs revisaram para cima suas estimativas para o crescimento em 2018 e 2019 em 0,3% e 0,2%, respectivamente, para 2,6% e 1,7%. Eles esperam que um aumento da demanda, provocado pela alta do consumo, estimule a contratação, fazendo com que a taxa de desemprego recue para 3,5% no próximo ano, ante uma estimativa anterior de 3,7%. A estimativa para a taxa de desemprego em 2019 passou de 3,5% para 3,3%.
A maioria dos economistas preveem que o corte de impostos vai impulsionar a economia ao estimular o consumo. Além disso, as reduções dos impostos corporativos podem aumentar os gastos por parte das empresas. Economistas do J. P. Morgan estimam que um consumo maior deve impulsionar o crescimento da economia em 0,2 em 2018, para 2,1%.
Analistas do Goldman Sachs ainda esperam que o Congresso impulsione o limite dos gastos do governo americano em US$ 90 bilhões em 2018 e em 2019, numa alta de 7% ante os níveis atuais. Isso sem contar os gastos extras com alívio para desastre nas regiões afetadas por furacões e incêndios nos EUA.
Mais estímulos agora podem levar a maiores déficits depois. O Goldman e o J.P. Morgan esperam que os déficits orçamentários subam de US$ 664 bilhões no ano fiscal encerrado em setembro, ou cerca de 3,4% do PIB, para US$ 1 trilhão, ou 5% do PIB, em 2019.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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