O edifício em que fica a sede do Grupo Clarín, maior conglomerado de comunicação da Argentina, foi atacado com coquetéis molotov, segundo divulgou nesta terça-feira (23) a companhia, que informou que não houve feridos no incidente.
“Lamentamos e condenamos esse grave ato, que a primeira vista aparece como uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação. Esperamos o urgente esclarecimento e sanção”, indicou o grupo, por meio de comunicado.
Segundo informações publicadas no site do jornal Clarín, durante a noite, um grupo de pelo menos nove pessoas encapuzadas jogou de sete a oito artefatos incendiários contra uma das entradas do edifício, que está localizado no bairro de Barracas, em Buenos Aires.
O prédio, no momento do ataque, estava fechado. Os coquetéis molotov atingiram uma porta do hall de acesso, o que chegou a provocar um princípio de incêndio. “Não foram registradas vítimas, nem pessoas feridas”, indicou o comunicado emitido pelo Grupo Clarín.
A nota indica que a empresa registrou a ocorrência junto às autoridades, que estão analisando os vídeos com imagens do ataque. A investigação do caso ficou a cargo do Juizado Federal de número 9, sob a responsabilidade do juiz Luis Rodríguez, que classificou a ação como um ato de “intimidação pública”.
A Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (Adepa) emitiu um comunicado em que “condena energicamente” o ataque contra a sede do Grupo Clarín. “É uma expressão violenta de intolerância. Um grave atentado à liberdade de expressão”, aponta a nota, que ainda pede o “rápido esclarecimento” sobre o caso.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se manifestou nesta terça-feira sobre o ataque, também em tom de condenação ao ato. “Quero expressar nosso repúdio ao episódio ocorrido na frente da sede do jornal Clarín. A violência sempre altera a convivência democrática”, escreveu o chefe de governo no Twitter.
“Esperamos que os fatos sejam esclarecidos, e os autores sejam identificados a partir da investigação que está em curso”, completou o presidente.
O ministro de Segurança do país, Aníbal Fernández, também utilizou o Twitter para manifestar repúdio contra a ação contra o Grupo Clarín. “Confio que sejam identificados os autores e que os responsabilizem”, afirmou.
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