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Apple Daily

Editores e executivos de jornal pró-democracia são presos em Hong Kong

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O diretor operacional do Apple Daily, Royston Chow Tat-kuen (C), é escoltado por policiais quando sai do escritório da Next Media, editora do Apple Daily, em Hong Kong, China, em 17 de junho de 2021. (Foto: JEROME FAVRE/Agência EFE/Gazeta do Povo)

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A polícia de Hong Kong prendeu nesta quinta-feira (17) cinco editores e executivos do jornal pró-democracia Apple Daily, acusando-os de conspirar com potências estrangeiras e colocar em risco a segurança nacional. As autoridades citaram cerca de 30 artigos que pediam a imposição de sanções à Hong Kong e à China continental, publicados no jornal, que foram "parte crucial" de uma conspiração com outros países e serviram como evidência para fazer as prisões. A maioria dos textos são de opinião ou comentários, segundo o jornal South China Morning Post.

O Apple Daily é um jornal crítico do governo chinês e da administração de Hong Kong, tendo se posicionado a favor dos protestos pró-democracia que ocorreram na ilha em 2019. Desde a promulgação da lei de segurança nacional de Hong Kong pelo poder central do país, em junho do ano passado, as autoridades locais passaram a reprimir fortemente a oposição.

O dono do Apple Daily, Jimmy Lai, foi detido em agosto do ano passado e está cumprindo 20 meses de prisão por sua participação nos protestos que ocorreram em Hong Kong em 2019.

Nesta quinta-feira foram presos executivos e editores do jornal que, segundo a polícia, tinham "um papel muito importante para os artigos [publicados] e o funcionamento da redação". De acordo com o SCMP, entre os detidos estão Ryan Law Wai-kwong, editor-chefe do Apple Daily; Cheung Kim-hung, CEO da Next Digital, companhia matriz do Apple Daily; e Royston Chow Tat-kuen, diretor operacional da Next Digital.

"Há evidências muito fortes de que os artigos questionáveis desempenharam um papel crucial na conspiração, que forneceu munição para países, instituições e organizações estrangeiras para impor sanções a Hong Kong e à República Popular da China", disse o superintendente da unidade de segurança nacional de Hong Kong, Steve Li Kwai-wah, que ainda disse que o operação não viola a liberdade de imprensa. "Valorizamos a liberdade de imprensa".

Li também informou que foram congelados cerca de US$ 2,3 milhões em bens das três companhias do conglomerado de comunicação: Apple Daily, Apple Daily Printing e AD Internet.

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