O líder opositor venezuelano Edmundo González está asilado na Espanha após ser alvo de repressão do regime chavista| Foto: EFE/Henry Chirinos
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O líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha, pediu a comunidade internacional que reconheça a vontade popular nas eleições da Venezuela. "Esse é o ponto central da nossa proposta. [Nicolás] Maduro deve entender que ele perdeu e os resultados mostram isso", disse González .

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Ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ele solicitou que “mantenha a pressão até que Maduro sinta que não pode suportar mais, até que ele mude sua posição”.

O opositor disse, em entrevista divulgada pelo jornal O Globo neste domingo (20), que não convém repetir eleições, como foi defendido por Lula, “já que os votos estão lá, as atas eleitorais estão lá. Os membros do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) viram as atas, e qualquer pessoa que quiser pode vê-las”. Ao jornal brasileiro, González também enfatizou que os esforços de mediação dos governos do Brasil e da Colômbia, que tiveram início após as eleições de julho, “precisam continuar”, mesmo com a falta de progresso.

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O político indicou que, para forçar a saída do ditador Maduro, são necessárias “sanções personalizadas” realizadas pela comunidade internacional, exceto as que afetam o setor petrolífero da Venezuela.

“Não gostaria de entrar na questão das sanções no setor de petróleo, ou econômicas. Insisto na questão das sanções personalizadas, para forçar Maduro a entender que somente através de eleições transparentes poderemos sair desta crise”, disse González, alertando que se esta situação não for resolvida, corre-se o risco do país sofrer um “êxodo insustentável” de venezuelanos.

González também confirmou que “está convencido” de que a comunidade internacional o reconhecerá como presidente da Venezuela, no dia 10 de janeiro, porque “Maduro sai ou sai”. Ele enfatizou que dentro deste processo é preciso lembrar que “8 milhões de venezuelanos votaram a favor de uma transição democrática”.

“Apenas um de nós tem legitimidade de origem, a legitimidade do voto popular. E sabemos quem é”, finalizou González.