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Membros da oposiçãoo se reúnem em volta de túmulo para ví­timas dos confrontos na praçaa Tahrir, no Cairo | Reuters
Membros da oposiçãoo se reúnem em volta de túmulo para ví­timas dos confrontos na praçaa Tahrir, no Cairo| Foto: Reuters

Internautas comemoram a saída do presidente Hosni Mubarak

Enquanto os manifestantes comemoram nas ruas do Egito, notícia repercute no resto do mundo através de sites e redes sociais.Leia a matéria completa

Ativistas pró-democracia prometeram, nesse sábado, ficar na Praça Tahrir até que o conselho militar que está governando o Egito aceite seu programa de reformas.

Enquanto a nação comemorava a saída do presidente Hosni Mubarak, centenas de trabalhadores de empresas estatais, continuavam a protestar no Cairo e nas cidades do delta do Nilo, exigindo melhores condições de trabalho e salários mais altos.

Em dois comunicados emitidos durante a noite, um grupo de organizadores do protesto no Cairo, exigiu o levantamento do estado de emergência usado por Mubarak para esmagar a dissidência.

O "Comunicado Popular No 1" exige a dissolução do gabinete que Mubarak nomeou dia 29 de janeiro e a suspensão do parlamento eleito, numa polêmica eleição, no ano passado.

Outro órgão chamado Liga da Juventude Revolucionária, comandado a partir de uma tenda na Praça Tahrir, arregimentou 14 mil membros em quatro horas e exigiu reformas semelhantes.

O primeiro grupo de reformistas quer um conselho presidencial de transição com membros participantes composto por quatro civis e um militar. Seu comunicado pede a formação de um governo de transição para a preparação de uma eleição que deverá ocorrer no prazo de nove meses, e de um conselho para delinear uma nova constituição democrática.

Eles exigem também liberdade para a mídia, para os sindicatos que representam classes, tais como advogados, engenheiros e médicos, e para a formação de partidos políticos. Os tribunais militares e de emergência devem ser desfeitos, diz o comunicado.

Os jornalistas da agência de notícias oficial, MENA protestaram no Cairo e em Alexandria contra o que eles descrevem como uma "vergonhosa" cobertura dos protestos.

Em um comunicado assinado por cerca de 30 dos quase 400 jornalistas que trabalham na agência, eles acusaram a MENA de "falsificar a revolução do povo egípcio e de fazê-los perder a sua credibilidade profissional, tanto no país quanto internacionalmente".

Alguns organizadores do protesto disseram que estavam formando um conselho para defender a revolução e negociar com os militares.

"O conselho terá autoridade para organizar protestos ou cancelá-los, dependendo da evolução da situação", disse Khaled Abdel Qader Ouda, um professor, a jornalistas.

Os novos governantes militares do Egito disseram no sábado que o gabinete atual ficará até que um novo gabinete seja formado. Eles afirmaram que o país vai respeitar tratados internacionais.

O novo governo não se pronunciou sobre os pedidos de dissolução do parlamento ou sobre a reforma constitucional.

"A ausência de uma declaração clara sobre a dissolução do parlamento e sobre as reformas constitucionais, que são as duas principais exigências da revolução, é muito preocupante", disse Abdullah Helmy, da Liga da Juventude Revolucionária.

"Eles disseram que os manifestantes são um corpo sem cabeça, mas ao formar esse sindicato e outras iniciativas semelhantes, estamos mostrando a todos que podemos ser organizados."

Veja algumas imagens que marcaram os 18 dias de protestos no país:

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