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Egito

Egípcios protestam durante julgamento de remanescentes de Mubarak

Centenas de manifestantes exigiram nesta quinta-feira que a Suprema Corte Constitucional do Egito proíba Ahmed Shafiq, ex-premiê do presidente deposto Hosni Mubarak, de concorrer a cargos públicos, a dois dias de ele disputar o segundo turno da eleição presidencial.

O tribunal está avaliando a constitucionalidade de uma lei, aprovada em abril pelo Parlamento, que cassa os direitos políticos de quem tiver ocupado cargos de alto escalão no governo ou no partido governista durante a última década do regime de Mubarak, deposto em 2011 após uma rebelião popular.

A lei inicialmente levou as autoridades a cancelarem a candidatura de Shafiq, mas ele obteve uma liminar para participar.

Uma instância inferior já recomendou que essa lei seja revogada, junto com outra que orientou a eleição parlamentar, na qual políticos islâmicos obtiveram a maioria das vagas. A revogação das duas leis poderia manter Shafik na disputa presidencial, e dissolver o Parlamento.

Juristas dizem que a Corte Constitucional provavelmente seguirá a decisão da instância inferior.

Centenas de soldados e rolos de arame farpado protegem a sede do tribunal, à beira do rio Nilo. O alvo dos manifestantes são os "feloul", como são conhecidos os remanescentes do antigo regime. "Corte Constitucional, os feloul não são legítimos", gritavam os participantes do protesto.

"Balanças da Justiça, pesem cuidadosamente -- ele (Shafik) é um homicida, seu advogado é um feloul, e a vítima é a sua mãe: o Egito", dizia um cartaz empunhado por Haj Sayyed, de 71 anos.

"O impasse é emblemático da tortuosa e confusa transição supervisionada por uma junta militar desde a deposição de Mubarak, há 16 meses. "Esse tipo de sobressalto é um reflexo do nosso atual estado de coisas. Faltam poucos dias para a eleição e há incerteza jurídica", disse o juiz Mohamed Hamad al Gamal à Reuters.

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