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A justiça do Egito libertou nesta quarta-feira (17) 116 universitários e estudantes menores de idade detidos desde março, durante os protestos que exigiam a restituição do presidente islamita Mohammed Mursi, informou uma fonte judicial.

Os estudantes foram detidos no Cairo e permaneceram mais de seis meses presos sob a acusação de cometer crimes em grupo, atos violentos e danos à propriedade.

O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, ordenou a libertação dos jovens ao considerar que não existem provas incriminatórias contra eles, segundo a mesma fonte.

Grupos islamitas fizeram pressão dentro das universidades para denunciar a deposição pelos militares de Mursi em julho do ano passado e para pedir a libertação dos estudantes detidos durante este tempo.

Desde o golpe militar contra Mursi, as autoridades enfraqueceram a estrutura da Irmandade Muçulmana, declarada uma "organização terrorista", ao mesmo tempo em que prenderam seus principais líderes e reprimiram suas manifestações.

O caso mais grave foi registrado em 14 de agosto de 2013, quando no desalojamento dos acampamentos dos islamitas no Cairo e a posterior onda de violência por todo o país morreram cerca de mil pessoas.

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