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O governo egípcio planeja uma reformulação no alto escalão da polícia para remover oficiais envolvidos na violenta repressão a protestos contrários ao governo em janeiro, informou um jornal estatal nesta quinta-feira.

O anúncio parece ter o objetivo de acalmar a irritação popular com as táticas da polícia antes de grandes manifestações convocadas por grupos de direitos humanos e pró-democracia para a sexta-feira.

Ativistas exigem que autoridades policiais sejam levadas a julgamento sob a acusação de matar manifestantes durante o levante de 18 dias que levou à queda do presidente Hosni Mubarak e que pediu reformas para responsabilizar as forças policiais.

Mais de 800 pessoas foram mortas e 6 mil ficaram feridas durante os primeiros dias do levante, quando a polícia usou cassetetes, gás lacrimogêneo, canhões d'água e munição contra manifestantes.

O jornal Al-Ahram citou uma fonte de segurança que disse que todas as autoridades "culpadas dos eventos durante a revolução, especialmente aqueles que aconteceram em 28 de janeiro" serão aposentados.

O dia 28 de janeiro ficou conhecido como "Sexta-Feira da Ira" e foi um dos episódios mais sangrentos do levante. A onda de violência levou à intervenção do Exército e a polícia recebeu ordens para sair das ruas.

De acordo com a autoridade ouvida pelo jornal, a ideia da reformulação é mudar o pensamento da polícia, para que os policiais tratem os civis com respeito.

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