Ao mesmo tempo que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, procurava apoio neste sábado para uma coalizão internacional para combater grupos jihardistas, o Egito pediu uma ampliação nos esforços internacionais para combater militantes na Líbia.
A posição egípcia adiciona outra camada de complexidade às já enfrentadas pelos EUA, em um momento em que busca apoio entre aliados no Oriente Médio para combater militantes que tomaram um terço do Iraque e da Síria e ameaçam destruir a região.
O pedido do Egito também ameaça agravar ainda mais as rivalidades regionais, o que poderia minar os esforços dos EUA para construir uma coalizão durável. O Qatar e a Turquia apoiam as milícias aliadas dos islâmicos na Líbia, enquanto o Egito, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita apoiam seus oponentes.
As autoridades militares egípcias disseram que, em troca do apoio do Egito para a coalização para combater o grupo também chamado de Estado Islâmico, buscam garantias de que a Líbia vai estar no topo da agenda os EUA. Os funcionários falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a conversar com a imprensa.
Nas reuniões com Kerry, o presidente Abdel-Fattah el-Sissi usou uma linguagem que, para os egípcios, se referia claramente à Líbia, de acordo com um comunicado emitido pelo porta-voz da Presidência. "(Ele) salientou que qualquer coalizão internacional contra o terrorismo deve ser uma aliança abrangente, que não se limite apenas a enfrentar uma determinada organização, ou para conter um único viveiro terrorista, mas inclua todos os focos terroristas no Oriente Médio e na África", afirmou o porta-voz no comunicado.
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shurki também levantou essa questão mais de uma vez durante uma conferência de imprensa conjunta com Kerry. "Nós apoiamos todos os esforços internacionais de combate ao terrorismo...e nós tomaremos todas as medidas que são destinadas a eliminar esse fenômeno completamente, seja na Líbia, ou em qualquer parte do mundo árabe, ou no continente africano, em particular", ressaltou.
As operações militares na Líbia seriam uma grande mudança na posição de Washington - as autoridades dos EUA têm alertado repetidamente contra a intervenção no país e disseram que somente uma resolução política vai acabar com a turbulência na região.
O Egito, por sua vez, já agiu nessa direção no entanto, lançando ataques aéreos contra milícias, em Tripoli, no mês passado junto com os Emirados Árabes Unidos.
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