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Irmandade

Egito condena 11 islamitas à prisão perpétua

A Justiça Militar do Egito con­denou à prisão perpétua 11 membros da Irmandade Mu­çulmana acusados de agredirem militares durante protestos dos islamitas contra a queda do presidente Mohammed Mursi, em agosto.

A ação é mais uma ofensiva contra o grupo religioso ao qual Mursi era vinculado, feita pelo governo interino, dominado por liberais e militares. Eles assumiram o controle do país em 3 de julho, após a retirada do líder islamita.

Outros 45 foram condenados a cinco anos de prisão, também acusados de agressão às forças de segurança, e mais oito foram absolvidos. Segundo integrantes da Justiça Militar, os acusados foram presos atacando tropas, sabotando veículos blindados e queimando igrejas nos protestos de 14 e 16 de agosto.

Nos dois dias, mais de 900 pessoas morreram no Egito em protestos desencadeados pela desocupação de dois acampamentos de islamitas no Cairo, colocados em protesto contra a derrocada de Mursi. As ocupações foram retiradas após violenta ação policial.

Condenações

Estas são as primeiras con­denações de membros da Irmandade Muçulmana atribuídas aos protestos causados pela retirada de Mursi. Centenas de militantes da entidade foram presos acusados de incitação à violência nas manifestações, incluindo o líder religioso do movimento, Mohammed Badie.

Já Mursi permanece preso em um lugar secreto mantido pelos militares, acusado de conspiração com o grupo palestino Hamas para fazer uma rebelião que terminou com sua saída da presidência.

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