O Egito impôs uma proibição de viagens para o presidente deposto Hosni Mubarak e sua família, disseram nesta segunda-feira funcionários do Judiciário. Além disso, os ativos do ex-líder foram congelados.
Além de Mubarak, que renunciou no último dia 11, após 18 dias de protestos, a decisão também se aplica a sua mulher, Suzanne, a seus dois filhos, Ala e Gamal, e às esposas deles, disse uma fonte, pedindo anonimato. Mubarak renunciou após comandar o país por três décadas, deixando o controle do Egito para o exército. Ele seguiu para o balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, no sul do país.
No último dia 21, o procurador-geral do Egito, Abdel Magid Mahmud, requereu o congelamento dos ativos no exterior do ex-presidente e de sua família. O procurador encarregou o ministro das Relações Exteriores, Ahmed Abul Gheit, de contatar os outros países para conseguir esse congelamento.
Um funcionário do Judiciário disse na época que o escritório do procurador havia recebido várias reclamações por causa da riqueza de Mubarak no exterior, o que "necessita de uma investigação". Acredita-se que Mubarak tenha enriquecido durante seu governo, mas um assessor que pediu anonimato disse que os rumores sobre uma fortuna multimilionária não são verdadeiros.
A França anunciou na quarta-feira passada que respeitará o pedido egípcio. A Suíça congelou os ativos de Mubarak horas após sua renúncia, dizendo que o ex-presidente possuía "dezenas de milhões de francos" em instituições do país.
Mubarak, de 82 anos, não apareceu em público desde sua renúncia. O sumiço gerou especulações sobre seu estado de saúde. As informações são da Dow Jones.
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