O presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sisi, disse neste domingo (22) que a necessidade de uma força conjunta árabe está crescendo a cada dia, à medida que a região enfrenta a ameaça da militância islâmica.
El-Sisi disse também, em um comentário transmitido pela televisão estatal, que o Exército egípcio não tem interesse em invadir ou atacar outras nações, mas que defenderá o Egito bem como a região “se necessário e em coordenação com outros irmãos árabes”.
O presidente afirmou que a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos ofereceram forças militares para ajudar o Egito depois da decapitação de 21 egípcios coptas cristãos por militantes do Estado Islâmico na semana passada.
Aviões de guerra do Egito atingiram posições do EI na cidade de Darna, no oeste da Líbia, na segunda-feira (16), poucas horas após a divulgação de um vídeo mostrando as decapitações. El-Sisi disse em seu discurso que as aeronaves atingiram 13 alvos que haviam sido investigados e “cuidadosamente estudados”. O presidente não deu mais detalhes sobre a operação.
A declaração de El-Sisi, de que é necessária uma força militar árabe conjunta, foi a primeira confirmação pública por um líder árabe de que a criação de tal força é uma possibilidade. Em novembro, a Associated Press informou que o Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait estavam discutindo a criação de um pacto militar para combater militantes islâmicos, com a possibilidade de uma força conjunta para intervir em todo o Oriente Médio.
“Nós precisamos estar alertas para todas as tentativas designadas a provocar uma divisão entre nós e nossos irmãos”, afirmou o presidente.