O ministro do Interior do Egito dissolveu nesta terça a odiada agência de segurança estatal do país, acusada de tortura e de outros abusos aos direitos humanos durante o combate ao levante que derrubou o regime de 30 anos de Hosni Mubarak.
O novo ministro do Interior, o major general Mansour el-Essawy, ex-chefe de segurança do Cairo, disse, em comunicado, que uma nova agência para cuidar da segurança nacional e do combate ao terrorismo será formada. Dissolver a agência Estatal de Investigações de Segurança era a principal exigência do movimento que levou a um levante de 18 dias que depôs Mubarak.
Desde que ele deixou o poder, em 11 de fevereiro, os egípcios invadiram a sede e outros escritórios da agência e apreenderam documentos para evitar que fossem destruídos e, dessa forma, evidências contra abusos aos direitos humanos fossem perdidas. Muitos líderes manifestantes disseram que apesar da queda de Mubarak e de seu governo, a agência continuava ativa na proteção do velho regime e tentava sabotar a transição democrática.
A agência de segurança tinha amplos poderes graças a leis de emergência decretadas por Mubarak para reprimir dissidentes e foi um dos símbolos mais poderosos de seu regime. A agência era notória entre os egípcios por suas detenções e abusos contra ativistas, além de estar envolvida no monitoramento da mídia e de acompanhar e atrapalhar quase todas as atividades políticas não aceitas pelo partido de Mubarak. As informações são da Associated Press.
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