Egito e Israel tentaram no domingo (21) neutralizar a crise diplomática gerada pela morte de cinco agentes de segurança egípcios durante ataques na fronteira entre os dois países, mas uma vários egípcios fizeram um protesto contra as mortes na embaixada de Israel no Cairo.
Durante a noite, um manifestante escalou vários andares do edifício da embaixada, para tirar a bandeira de Israel e substituí-la pela do Egito.
Ahmad al-Shahat, ficou imediatamente conhecido no Twitter como "Flagman" - homem da bandeira - , enquanto os jornais e um pretenso líder egípcio passaram a considerá-lo um herói.
"Hamdeen Sabahy, o candidato à presidência do Egito, saúda orgulhosamente, Ahmad al-Shahat, o herói público que queimou a bandeira sionista que poluiu o ar do Egito por trinta anos", disse Sabahy em comunicado.
A crise começou quando cinco agentes de segurança egípcios morreram enquanto o Exército de Israel perseguia um grupo de palestinos, que matou oito pessoas no sul de Israel na quinta-feira. Israel disse que o grupo entrou em Israel pela Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, através do deserto do Sinai, no Egito.
Várias centenas de manifestantes permaneceram na frente da embaixada de Israel, à beira do Rio Nilo, no domingo, vigiados por centenas de soldados e policiais. Alguns disseram que ficarão lá até que o embaixador de Israel seja expulso do Egito.
Um protesto de qualquer tamanho, perto da embaixada de Israel, teria sido rapidamente sufocado nos tempos do ex-presidente Hosni Mubarak.
A liga Árabe, com sede no Cairo, condenou "o ataque israelense contra as forças egípcias", e disse que Israel tinha "plena responsabilidade por esse crime".
No entanto, há sinais que tanto Egito quanto Israel estariam tentando diminuir a crise mais grave nas suas relações desde a derrubada de Mubarak, em fevereiro.
Depois das mortes, o Egito declarou no sábado que chamaria de volta seu embaixador em Israel, mas não ficou claro se a retirada de fato acontecerá.
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que Israel lamentava muito as mortes e disse ao Exército que conduzisse uma investigação com o Egito, que cautelosamente, aprovou a iniciativa.
Uma delegação liderada por um enviado especial israelense, não identificado, chegou ao Cairo, vindo de Tel Aviv, em um avião particular no domingo, segundo fontes do aeroporto. Quatro carros se dirigiram para a pista e levaram a delegação rapidamente.
O chefe do conselho militar que governa o Egito, Mohamed Hussein Tantawi, se reuniu com os ministros em um comitê de gestão de crise, no domingo, para discutir os eventos no Sinai, informou a mídia estatal.
Investida da PF desarticula mobilização pela anistia, mas direita promete manter o debate
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Como a PF construiu o relatório do indiciamento de Bolsonaro; ouça o podcast
Bolsonaro sobre demora para anúncio de cortes: “A próxima semana não chega nunca”