O Egito construiu um muro em torno da embaixada de Israel no Cairo, depois de uma série de protestos por causa de atritos entre os dois países, culminando com o incidente, em agosto, no qual um manifestante escalou o edifício e retirou a bandeira israelense.
As obras do muro começaram há alguns dias, e muitos egípcios se reuniram nos arredores para expressar seu descontentamento. "As pessoas querem que o muro caia", diz uma pichação feita no concreto liso.
As autoridades dizem que a barreira, com aproximadamente 2,5 metros de altura, serve para proteger outros moradores do arranha-céu onde funciona a embaixada, e não a missão diplomática propriamente dita.
"A meta (...) é proteger os andares inferiores do prédio e evitar tensões entre manifestantes e residentes". disse o governador do Cairo, Ali Abdel-Rahman, ao jornal Al Masry al Youm.
As relações entre Egito e Israel se deterioraram desde que o presidente Hosni Mubarak, aliado dos EUA, foi deposto por uma rebelião popular egípcia, em fevereiro.
No mês passado, cinco agentes das forças egípcias de segurança foram mortos numa ação militar de Israel, cujos soldados entraram no território egípcio para perseguir militantes, supostamente palestinos, que se infiltraram em Israel a partir da península egípcia do Sinai, cometendo um ataque que matou oito israelenses.
O Egito ameaçou retaliar retirando seu embaixador de Tel Aviv, e disse que a morte dos seus soldados violou um tratado de paz bilateral de 1979. Durante vários dias, milhares de egípcios protestaram em frente à embaixada de Israel - o que seria impensável na época de Mubarak, quando qualquer manifestação era prontamente dissolvida pela polícia.
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