Autoridades egípcias impediram que mais de dez funcionários de duas organizações não governamentais com base em Washington deixassem o país. Entre os barrados, estava Sam LaHood, filho do secretário americano de Transporte, Ray LaHood.
Segundo empregados do grupo International Republican Institute (IRI), autoridades egípcias proibiram o chefe da ONG, Sam LaHood, de embarcar no sábado passado. Com LaHood, estariam pelo menos outros quatro funcionários, sendo dois deles também americanos. Nesta quinta-feira, foi a vez dos funcionários do National Democratic Institute, associação ligada ao Republican Institute, ter seis de seus funcionários banidos de viajar, sendo três cidadãos americanos.
O episódio acontece em um momento de tensão diplomática entre EUA e Egito. Um ano depois de militares assumirem o poder no Cairo, Washington começou uma campanha pedindo que os generais entreguem o governo para civis. Além disso, deputados americanos discutem a possibilidade de impor novas condições para a transferência de mais de US$ 1, 3 bilhão que Washington dá para o Egito anualmente em ajuda militar, apesar de Barack Obama não ter demonstrado interesse em uma medida como esta.
A junta militar egípcia, por sua vez, andou sugerindo que os EUA estão financiando grupos de direitos humanos e em prol da democracia para desestabilizar o Egito. No ano passado, os militares culparam a interferência estrangeira por ondas de violência no país. O Republican Institute, por exemplo, é uma das três ONGs com base nos EUA que foram cercadas e fechadas no mês passado por autoridades egípcias, que as acusavam de usar fundos estrangeiros para incentivar a violência no país.
"A realidade é muito maior que eu ou o IRI", disse LaHood ao "Washington Post". "Cerca de 300 ONGs estão sendo investigadas pelo governo egípcio, e só uma dezena delas é americana."
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