O Egito iniciou o julgamento neste domingo (23) de 26 homens suspeitos de estarem ligados ao grupo libanês Hezbollah e acusados de planejar ataques dentro do Egito.
O caso acentua as preocupações de estados conservadores sunitas muçulmanos, como Egito e Arábia Saudita, em relação ao aumento de influência do Irã xiita e grupos como o Hezbollah, vistos como próximos a Teerã.
O Egito anunciou em abril que havia detido os homens, o que levou a um aumento na tensão com o grupo guerrilheiro do Líbano, que, por sua vez, irritou o governo do Cairo este ano ao acusar as autoridades do Egito de serem cúmplices de Israel no cerco à Gaza.
As acusações contra os 26 homens, feitas na corte de emergência de segurança do estado, incluem dar informação para organizações estrangeiras, planejar ataques dentro do Egito em lugares turísticos e também no Canal de Suez e de estar em posse de material explosivo.
Todos os presentes negaram as acusações. Os homens não estão todos enfrentando as mesmas acusações.
Grupos de direitos humanos afirmam que o Egito usou tribunais "excepcionais" como o de emergência e o militar para assegurar veredictos de culpa e muitas vezes apressar ou endurecer as sentenças em julgamentos contra militantes islâmicos na década dos anos 90.
Entre os homens que estão sendo julgados, há dois libaneses, cinco palestinos e um proveniente do Sudão. Os outros são todos do Egito.
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