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Cerca de 25 ex-líderes do regime do presidente egípcio Hosni Mubarak serão julgados a partir deste domingo por terem comandado as agressões contra manifestantes na Praça Tahrir, no episódio conhecido como a "batalha do camelo".

A agência de notícias estatal egípcia "Mena" informou nesta sexta-feira que os acusados deverão comparecer ao Tribunal Penal do Cairo durante a primeira sessão do julgamento, que será presidido pelo juiz Mustafa Hassan Abdullah.

Os ex-líderes do antigo regime de Mubarak vão a tribunal sob acusação de assassinato, tentativa de homicídio, agressões e danos físicos irreparáveis contra alguns manifestantes que participaram de uma concentração na praça no dia 2 de fevereiro.

Grande parte dos acusados eram pessoas diretamente ligadas ao antigo regime. Entre eles, aparecem deputados, senadores, assim como personalidades do já dissolvido Partido Nacional Democrático (PND) de Mubarak.

Os ex-presidentes das Câmaras Baixa e Alta do Parlamento, Fathi Surur e Safwat Al Sherif, respectivamente, e a ex-ministra do Trabalho, Aisha Abdel Hadi, são alguns dos principais nomes.

Durante a "batalha do camelo", os fiéis ao regime de Mubarak, apoiados por soldados montados nestes animais, tentaram dissolver os protestos que a população realizava na Praça Tahrir para exigir a renúncia do ex-ditador.

O local foi o ponto de partida da revolução que começou em 25 de janeiro. Após uma série de protestos, confrontos e a morte de mais de 800 civis, o regime de Mubarak caiu em 11 de fevereiro.

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