As autoridades egípcias não descartam uma intervenção na Faixa de Gaza se continuarem os ataques de grupos islamitas contra suas forças na Península do Sinai, informou nesta quinta-feira (3) a agência palestina "Ma'an" citando fontes militares egípcias.

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Segundo estas fontes, existe um plano preventivo de ação caso se intensifiquem os ataques islamitas, que nos últimos meses proliferaram. Dentro desse plano, aviões de reconhecimento egípcios teriam violado o espaço aéreo na Faixa de Gaza para examinar uma série de alvos em Rafah e Khan Yunes.

O Sinai, uma zona desértica ao leste do Canal de Suez, se transformou nos últimos 15 anos em um paraíso para grupos salafistas, que se servem da população local beduína para deslocamentos e o contrabando de armas.

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Desde o começo da Primavera Árabe estes grupos cometeram dezenas de ataques contra o gasoduto do norte do Sinai e atentaram contra as forças egípcias que tentam acabar com sua atividade.

O Egito denuncia que os islamitas usam Gaza como plataforma para seus ataques, que cruzam o território de uma ponta a outra pelos túneis de Rafah, destruídos em 95% nos últimos meses.

As fontes advertiram que aviões egípcios poderiam também atacar veículos dedicados ao contrabando de todo tipo de produtos e destruir mais túneis.

"Todas as opções estão abertas", afirmaram após assinalar que grupos como "Ansar al-Sunna" e "Ansar Beit al-Maqdis" estão baseados em Gaza, mas atacam no Sinai.

"O Exército egípcio não acredita que a população de Gaza esteja envolvida na violência no Sinai, mas certas facções (palestinas) oferecem um forte apoio a estes grupos, e os túneis têm um papel significativo na comunicação nos dois lados", explicaram .

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Da mesma forma que Israel, também as fontes militares egípcias responsabilizaram o movimento islamita Hamas, que governa Gaza desde 2007, de permitir esta atividade.

"Apesar de ter participação limitada, o Hamas é responsável por manter o controle sobre os túneis de contrabando e sobre as facções que operam no enclave litorâneo", sublinharam.