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O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sisi, confirmou nesta terça-feira (17) que pediu por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para realizar uma intervenção na Líbia, a ser executada por uma coalização internacional.

"Não há outra opção", indicou em entrevista à emissora francesa "Europe 1". Para ele, a resposta não deveria ser unicamente um confronto em matéria de segurança ou militar, mas "um confronto global, intelectual, educativo, econômico, cultural e político" para lutar contra o terrorismo.

Al Sisi lembrou que quando a situação se deteriorou após a queda do regime de Muammar Gaddafi em 2011, o Egito advertiu do "grande perigo" que isso representava para a segurança e a estabilidade "não somente para os líbios, mas também para seus vizinhos e os europeus".

Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, informou que se reunirá com autoridades do Egito e dos EUA nesta semana para discutir uma possível ação conjunta na Líbia. Ela ressaltou, porém, que ainda não se vislumbra uma ação militar.

França e Itália também buscam uma reunião do Conselho de Segurança para aprovar novas medidas contra a Líbia.

Roma disse estar preparada para uma iniciativa militar, mas apenas se as ações fizerem parte de um plano da ONU e de uma operação que busque a paz. O primeiro-ministro italiano Mateo Renzi pediu que o Egito não ceda "à histeria e a uma reação irracional".

A aviação egípcia bombardeou na segunda várias posições das milícias extremistas vinculadas ao grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia, em resposta ao vídeo do assassinato de 21 cristãos coptas egípcios divulgado neste domingo.

Militares informaram que esconderijos de armas e campos de treinamento da facção islâmica foram destruídos. Cerca de 40 terroristas teriam morrido.

País dividido

A Líbia é hoje um dos países em que o EI tem sua mais forte presença. O ministro do Interior líbio, Omar al-Sinki, disse que cerca de 400 militantes do Iêmen e da Tunísia juntaram-se recentemente à milícia.

As autoridades não conseguem controlar as dezenas de milícias formadas por antigos rebeldes. Dois grupos armados disputam o poder.

Um, chefiado pelo general Khalifa Haftar, diz combater o terrorismo no leste com apoio do Parlamento e do governo reconhecidos pela comunidade internacional.

No oeste, o grupo Fajr Libya, formado principalmente por milícias de Misrata, tomou o controle da capital, Trípoli, em agosto, e instalou um governo paralelo.

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