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Cairo

Egito: Praça Tahrir amanhece calma após conflitos

A tranquilidade voltou no começo da manhã desta terça-feira à Praça Tahrir e a suas imediações, no centro do Cairo, após os enfrentamentos entre manifestantes e policiais que deixaram dezenas de feridos ontem à noite.

A praça foi aberta parcialmente ao tráfego e muitos vendedores ambulantes retornaram ao local, informou a agência de notícias estatal "Mena".

Ontem à noite, os choques entre manifestantes, que lançaram pedras e coquetéis molotov, e a Polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo, se concentraram perto da sede da Liga Árabe, em uma das saídas da Praça Tahrir, e junto ao rio Nilo.

O entorno do Palácio Presidencial de Itihadiya, também no Cairo, amanheceu tranquilo e abriga poucos manifestantes.

Em Alexandria, por outro lado, prossegue a tensão, já que os manifestantes interromperam a circulação de trens.

Mais de 50 pessoas morreram no Egito desde a sexta-feira passada, quando tiveram início os distúrbios por ocasião da comemoração do segundo aniversário do início da revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak.

A esses choques se somaram, um dia depois, os enfrentamentos desencadeados em Port Said, no nordeste egípcio, entre manifestantes e policiais após a decisão de um tribunal de recomendar a pena de morte para 21 acusados do massacre de 74 pessoas no estádio de futebol local em 2012.

Anteontem, em uma tentativa de frear a violência, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, declarou estado de emergência e toque de recolher nas províncias de Suez, Ismailiya e Port Said, mas ontem à noite milhares de pessoas desafiaram essas medidas saindo às ruas.

Milhares de cidadãos de Port Said, junto com torcedores do clube de futebol local Al Masry, participaram de uma passeata pelas ruas da cidade para rejeitar o toque de recolher, que vigora entre 21h e 6h do horário local.

A manifestação saiu da mesquita de Maryam, no centro, e terminou diante do edifício do Governo, enquanto os participantes cantavam lemas contra o Ministério do Interior e pediam a queda do regime.

Nesta cidade, o porta-voz das Forças Armadas, Ahmed Mohamed Ali, afirmou que o Exército abortou a tentativa de um grupo armado de invadir a prisão central, onde estão detidos os acusados do massacre do ano passado.

Em Ismailiya e Suez, outros milhares de pessoas também saíram às ruas, mas não foram impedidos pelo Exército.

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