8 pessoas morreram ontem elevando para 186 o número de palestinos mortos após sete dias de ofensiva de Israel, que já deixou mais de 1.300 feridos. Do lado israelense, há duas vítimas feridas por um morteiro.
75 foguetes foram lançados ontem por milícias palestinas, segundo um porta-voz militar israelense. Desse número, 55 caíram em áreas desabitadas e pelo menos 12 foram interceptados pelo sistema Domo de Ferro.
800 projéteis caíram em Israel desde o início da operação em resposta à morte de três jovens israelenses. Outros 87 foram derrubados em voo. Ontem de madrugada foram intensificados os ataques contra a Faixa de Gaza.
Contexto
Alguns pontos-chave para entender o conflito dos últimos dias entre israelenses e palestinos.
Motivo
A violência de agora começou com o assassinato de três adolescentes israelenses, que foram sequestrados enquanto pediam carona. Depois da morte deles, um jovem palestino foi assassinado em resposta.
Bloqueio
Os líderes do Hamas disseram que um cessar-fogo deve incluir um fim ao bloqueio da Faixa de Gaza por Israel e o compromisso com um acordo de trégua acertado em 2012.
Fuga
Milhares de civis abandonaram ontem suas casas no norte de Gaza para ir a áreas mais seguras no sul do território ou a centros da ONU e de outras organizações internacionais. O Ministério do Interior em Gaza pediu ontem que as pessoas permanecessem em casa depois que Israel advertiu que aumentaria a ofensiva.
O Egito apresentou ontem uma proposta de cessar-fogo entre Palestina e Israel para interromper a escalada de violência que atinge a região há cerca de uma semana. O conflito já matou pelo menos 186 palestinos, de acordo com a CNN.
Uma autoridade do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse que o grupo está aberto a negociar o plano, considerado a ação mais concreta tomada pelos negociadores internacionais até agora. Israel não se manifestou, mas a mídia local informa que oficiais do governo indicam considerar seriamente o acordo.
Israel pede garantias de um período prolongado de trégua, enquanto o Hamas busca uma flexibilização do bloqueio imposto a Gaza.
O ministro do Exterior do Egito anunciou o plano, que incluiria três passos, com a condição de um cessar-fogo temporário a ser adotado em 12 horas pelos dois lados.
A paralisação dos ataques seria seguida pela abertura das fronteiras de Gaza e negociações entre os dois lados no Cairo daqui a dois dias.
"O problema não é voltar ao acordo de não agressão, porque queremos o fim dos ataques", afirmou o líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh. "O problema é a realidade de Gaza, o cerco, a fome, os bombardeios... O cerco deve acabar e o povo de Gaza precisa de uma vida digna."
A proposta foi apresentada ontem na reunião da Liga Árabe de ministros do exterior. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, devem chegar à região hoje.
Contexto
A violência recente foi gerada pelo assassinato de três adolescentes israelenses e pela morte de um jovem palestino. Autoridades de Israel disseram ontem que três pessoas presas pela morte do palestino confessaram tê-lo queimado vivo.
Foguete lançado do Líbano atinge o território israelense
Das agências
Pelo menos um foguete disparado do Líbano atingiu ontem o norte de Israel, que respondeu bombardeando o local de lançamento, disseram fontes de segurança libanesas e o Exército israelense.
Não houve relatos imediatos de vítimas do ataque. Essa teria sido pelo menos a quarta vez que foguetes foram disparados do Líbano desde o início da ofensiva israelense contra militantes palestinos, que lançaram foguetes da Faixa de Gaza em direção a Israel há uma semana.
O foguete foi disparado de uma área em torno da cidade de Tyre, no sul libanês, disseram fontes de segurança libanesas. Israel respondeu disparando pelo menos 15 morteiros.
Um porta-voz militar israelense disse que o Exército "disparou uma salva de morteiros em direção ao local de lançamento no Líbano".
Prisão
Na última sexta-feira, autoridades libanesas disseram ter detido um homem suspeito de estar por trás de um dos ataques com foguetes. A agência de notícias nacional disse que ele era membro de um "grupo fundamentalista", mas não deu detalhes.
Há o risco de que o grupo libanês Hezbollah, que apoia o Hamas contra Israel, leve o conflito para o Líbano, o que tornaria a situação de Tel Aviv ainda mais complicada, realizando ofensivas contra inimigos na Faixa de Gaza e também fora de suas fronteiras.
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