O Egito planeja convidar líderes de grupos palestinos para conversar, disse o ministro das Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit, na quinta-feira. O convite tem o objetivo de renovar os esforços para eliminar os rachas internos e abrir caminho para eleições.
O Egito tem tentado reconciliar o Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza, com o Fatah, facção do presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas. O Fatah controla a Cisjordânia, território ocupado por Israel.
A disputa entre os dois não é nova, mas aumentou desde que o Hamas derrotou o Fatah em Gaza, em junho de 2007. "Vamos convidar os chefes ou os secretários-gerais das organizações (palestinas) para que venham ao Egito, se possível logo, um depois do outro", disse Abdoul Gheit a repórteres, depois de reunir-se com a colega israelense Tzipi Livni. Ele não deu mais detalhes sobre o convite.
Abbas, cujo mandato expira no dia 9 de janeiro, disse nesta semana no Cairo que as eleições presidenciais e gerais terão de esperar até que "todas as chances de diálogo sejam esgotadas".
Abbas falou contra o racha entre Hamas e Fatah na quinta-feira e pediu ao grupo islâmico que demonstre "razão" e volte a negociar a reconciliação.
"Não queremos isolá-los. Eles fazem parte do povo palestino, não importa quais sejam suas idéias", disse Abbas durante sua primeira visita como presidente ao Hebron, área considerada fortaleza do Hamas. "Não vamos aceitar que isto vire uma guerra civil".
O Hamas boicotou uma conferência de reconciliação que reuniria a maioria dos grupos palestinos no Cairo, em novembro, dizendo que os serviços de segurança leais a Abbas ainda não tinham libertado mais de 400 homens do Hamas presos na Cisjordânia. O boicote forçou o Egito a adiar as negociações.
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