Cairo realizou ontem dois ataques contra posições do Estado Islâmico (EI) na Líbia, enviando aviões que bombardearam Darna, um reduto extremista no leste do país.
A ofensiva do Egito foi lançada em resposta ao assassinato de 21 cristãos coptas pelo EI, gravada em vídeo e divulgada pela internet no último domingo algo se tornou uma marca do grupo.
O fato pegou a comunidade internacional de surpresa ao mostrar a influência do EI numa região fora do Iraque e da Síria. Partidários do grupo dominaram diversas cidades líbias, atravessando o Mar Mediterrâneo a partir da Itália.
Ainda é incerto se os bombardeios egípcios terão continuidade Cairo havia pedido uma intervenção internacional na Líbia , mas a ação militar acentua a crise política no território líbio.
A chefia das Forças Armadas detalhou que os bombardeios foram "contra quartéis, posições de concentração e de treinamento, e armazéns de armas" dos jihadistas.
Pelo menos cinco civis, três crianças e duas mulheres morreram nos ataques.
Para o Exército egípcio, a resposta cumpriu seus objetivos "com exatidão" e os aviões das Forças Aéreas egípcias "voltaram sãos e salvos para suas bases".
As Forças Armadas advertiram que a ação se trata de "uma vingança em nome do sangue egípcio".
A força aérea líbia também participa da ação militar.
Desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, vários grupos extremistas se fortaleceram na Líbia. Alguns deles declararam ter ligações com o EI e reivindicaram a autoria de ataques de grande porte, como o atentado contra o hotel Corinthia, em Tripolí, no mês passado, que deixou nove mortos.
O governo do Egito pede que a coalizão liderada pelos EUA que combate o Estado Islâmico na Síria e arredores aumente seu escopo e passe a atuar na África.