O governo do Egito suspendeu, neste domingo (5), as autorizações de saída para estrangeiros que estão na Faixa de Gaza, pelo posto de fronteira de Rafah. O corredor humanitário foi aberto pela primeira vez na quarta-feira (1º), desde o início do conflito na região. Calcula-se que, desde então, cerca de 2,7 mil de uma lista de 7 mil estrangeiros conseguiram sair de Gaza pelo Egito.
Autoridades egípcias e norte-americanas disseram à agência de notícias Reuters que há esforços pela reabertura ainda neste domingo. "Acreditamos que (abrirá) esta tarde", declarou um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA, falando sob condição de anonimato. O sinal de alerta surgiu na manhã do domingo, quando a autoridade fronteiriça não divulgou uma lista de passaportes aprovados, como estava ocorrendo nos outros dias.
A interrupção da passagem por Rafah estaria ligada ao aumento das tensões em Gaza, que dificultariam a saída de civis. O Hamas também acusa Israel de dificultar a saída de feridos palestinos e de bombardear um "comboio" de ambulâncias, o que teria matado "vários cidadãos" e deixado "dezenas" de feridos.
Na sexta-feira (3), as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram ter atingido uma ambulância na Faixa de Gaza, mas afirmaram que o ataque visou membros do grupo terrorista Hamas. “Uma célula terrorista do Hamas foi identificada usando uma ambulância. Em resposta, uma aeronave das FDI atingiu e neutralizou os terroristas do Hamas, que operavam dentro da ambulância”, dizia o comunicado. “Enfatizamos que esta área de Gaza é uma zona de guerra. Os civis são repetidamente chamados a evacuar para o sul para sua própria segurança.”
De acordo com informações anteriores do embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, a abertura da passagem para o Egito não tem um ritmo constante e nem todos os auotorizados a sair têm conseguido passar de fato para o outro lado.
O grupo de brasileiros e seus familiares próximos que esperam para deixar o território palestino é formado por 34 pessoas.
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