O Egito viveu ontem mais um dia de choques entre manifestantes e a polícia, ocorridos em frente do palácio presidencial, no Cairo, e em várias localidades do norte do país, informou a agência estatal de notícias Mena.
Vários manifestantes encapuzados retiraram cercas de arame farpado do local e atearam fogo em uma das portas do palácio de Itihadiya, enquanto a Guarda Republicana permaneceu dentro do complexo sem reagir.
Forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo e enfrentaram os manifestantes depois que alguns deles tentaram escalar os muros do palácio e lançaram pedras, coquetéis molotov e fogos de artifício em seu interior, ateando fogo em uma árvore.
Manifestantes pacíficos que marcharam em direção ao palácio em protesto contra o presidente egípcio, Mohamed Mursi, formaram um cordão humano para impedir os choques entre ambas as partes.
Na cidade de Alexandria e em outras localidades do delta do Nilo, as forças de segurança entraram em choque com alguns manifestantes que atacaram com pedras e coquetéis molotov várias delegacias e edifícios governamentais.
Seis pessoas ficaram feridas ou intoxicadas pelo efeito do gás lacrimogêneo em Alexandria, informou o subsecretário de Saúde na cidade, Mohammed al Sharqaui.
Uma situação parecida ocorreu durante os protestos antigovernamentais em Tanta e Kafr el Zayat, também localizadas no norte do Egito.