O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou nas últimas 24 horas quinze homens de nacionalidade síria e muitos chegaram a ser crucificados, a maioria acusados de lutar contra a organização, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos humanos.
As execuções ocorreram em diversos povoados do leste e oeste da província de Deir al Zur, no nordeste da Síria, na fronteira com o Iraque.
Os extremistas mataram 10 pessoas hoje e cinco indivíduos na quarta-feira. Três pessoas foram executadas nesta quinta-feira a tiros em Al Keshkia e mais tarde crucificadas por supostamente ter desafiado o grupo radical.
As vítimas eram originárias de povoados onde habita a tribo Al Shaitat, adversária do EI. Outros dois homens foram mortos hoje da mesma maneira e pelo mesmo motivo em uma praça da cidade de Granich.
Além disso, na cidade de Al Shahil, antigo bastião da Frente al Nusra, rival do EI e braço da Al Qaeda na Síria, dois homens foram executados hoje a tiros e pendurados em um poste.
O EI os considerou culpados de constituir a Brigada dos Mártires de Al Shail, oposta aos jihadistas.
Outros dois homens foram "justiçados" pelos extremistas em Al Yaridi e Al Dahla por razões parecidas. E um terceiro foi assassinado em Al Shamitia, mas neste caso não se sabe os motivos da execução.
Durante o dia de ontem, cinco homens foram mortos pelos radicais nos povoados de Al Mayadin, Mohsen el Bulin, a maioria por supostamente ter contato com o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, ou por ser seguidor do governo.
O EI proclamou no final de junho um califado em zonas do Iraque e da Síria, onde tomou o controle de amplas partes de seu território.
Nas zonas sob seu domínio, o grupo aplica uma versão rígida da "sharia" (lei islâmica) e procura destruir qualquer tipo de oposição com execuções.
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