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Austrália

Eleição australiana promete disputa acirrada

O apoio ao governo australiano caiu drasticamente, dizem as pesquisas, e a eleição de 21 de agosto provavelmente será decidida em distritos onde o eleitorado está dividido em torno de questões polêmicas, como o novo imposto sobre mineração, a mudança climática e a imigração.

Faltando três semanas na campanha eleitoral, o Partido Trabalhista (governo) está empatado com a oposição conservadora, segundo uma pesquisa do instituto Newpoll publicada na segunda-feira pelo jornal Australian.

"Tem dias que levanto e (digo) vamos lá, vamos acender, vamos ficar mais determinados, e foi isso que eu fiz hoje", disse a primeira-ministra Julia Gillard a uma rádio de Sydney, após despertar com a manchete que dizia: "Pesquisa em 50 a 50."

Ainda mais alarmante para Gillard, que chegou ao cargo em junho, foi a pesquisa Nielsen de sábado, mostrando que a intenção de voto no seu partido caíra de 54 para 48 por cento, e que a oposição, liderada por Tony Abbott, está com 52 por cento e tem condições de vencer.

Gillard prometeu manter sua campanha, feita cuidadosamente para evitar riscos, e conversar diretamente com os eleitores a respeito de questões como empregos, escolas, hospitais e economia. "Estou desesperada para assegurar que os australianos nesta campanha eleitoral me ouçam", disse ela.

A eventual derrota trabalhista sepultaria a adoção de um imposto de 30 por cento sobre a mineração de ferro e carvão, a introdução de um esquema de créditos de carbono, para o combate à mudança climática, e a implantação de uma rede de banda larga de mais de 33 bilhões de dólares.

Além disso, os conservadores tendem a adotar medidas mais duras contra a imigração, inclusive a reabertura de um centro de detenção, numa ilha do Pacífico Sul, para candidatos a asilo que tentam chegar de barco à Austrália.

Em cidades mineradoras, há a possibilidade de que o voto de protesto contra o imposto para o setor possa prejudicar o governo, apesar da recente revisão do projeto, reduzindo a alíquota de 40 para 30 por cento e limitando o tributo à extração de ferro e carvão.

"A sensação na comunidade é de que a concessão de Gillard (a respeito do imposto) irá salvar empregos, mas o diabo ainda está nos detalhes", disse Peter Gleeson, editor do jornal Townsville Bulletin, que acompanha o noticiário de pequenas cidades mineradoras de Queensland, onde a votação pode ser decisiva.

Qualquer que seja o resultado, o Partido Verde deve se tornar o fiel da balança no Senado, e será essencial para a aprovação de projetos legislativos.

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