Buenos Aires "Filmus ou Macri. Milhares de cartazes com esses dizeres colados nos muros de Buenos Aires davam ontem o toque final da tentativa de Daniel Filmus, ministro da Educação e candidato kirchnerista a chefe de governo (prefeito) da cidade, conquistar o segundo lugar na eleição de domingo e ir ao segundo turno, em 24 de junho, contra o empresário e deputado Mauricio Macri.
O cartaz permite uma dupla leitura: apenas Filmus, e não o atual chefe de governo, Jorge Telerman, rival direto do ministro na disputa pelo segundo lugar, poderia impedir a eleição de Macri. Ou então: é melhor votar em Macri do que em Telerman elevando assim também as chances do candidato de Néstor Kirchner avançar ao segundo turno.
A mensagem é só mais um capítulo das eleições mais que nacionalizadas de Buenos Aires: os principais candidatos à disputa presidencial de 28 de outubro colocaram seu prestígio pessoal em jogo na tentativa de eleger o vencedor, à exceção do ex-ministro Roberto Lavagna, que se pôs em cima de um muro antikirchnerista ao dizer ter simpatia tanto por Telerman quanto por Macri.
O presidente, porém, não poupou esforços na tentativa de eleger Filmus. Participou de vários atos, entre eles o de fechamento oficial da campanha, na última quarta. "Venho de coração aberto aos portenhos (habitantes de Buenos Aires) pedir que me ajudem a continuar mudando a Argentina. Daniel Filmus pode, disse.
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