A campanha eleitoral mais imprevisível do Reino Unido em décadas entrou no seu último dia com os dois principais partidos igualados nas pesquisas. Não há perspectivas de que nenhum deles obtenha maioria no parlamento -- condição para que se crie governabilidade -- da quinta maior economia do mundo.
Cinco questões para entender as eleições britânicas
População do Reino Unido vai às urnas nesta quinta-feira (7). Disputa está acirrada entre conservadores e trabalhistas
Leia a matéria completaApesar de cinco semanas de campanha, nem o Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, nem o oposicionista Partido Trabalhista, de Ed Miliband, têm uma clara vantagem, o que indica um resultado potencialmente confuso e incerto depois da votação de quinta-feira (7).
As questões em jogo são cruciais porque irão definir, por exemplo, a permanência do Reino Unido na União Europeia. Cameron prometeu realizar um referendo sobre a permanência ou saída do país da UE, se continuar no poder.
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A deputada estadual Paula Dolphin, do Partido Liberal Democrata, faz campanha no último dia antes das eleições para conquistar votos dos indecisos
Leia a matéria completaE as pesquisas sugerem que os nacionalistas escoceses (um partido menor) podem emergir como o terceiro maior partido da nação, apesar de terem sido derrotados em um plebiscito do ano passado sobre se a Escócia deveria romper com o Reino Unido e se tornar independente.
“As consequências, se você tomar o rumo errado, poderiam significar que duas uniões [União Europeia e integração da Escócia], que são fundamentais para a prosperidade, estarão perdidas”, defende o vice-primeiro-ministro Nick Clegg, líder do Partido Liberal Democrata, que atualmente apoia Cameron.
Há cinco anos, o Reino Unido tem o seu primeiro governo de coalizão desde a Segunda Guerra Mundial, já que o partido de Cameron não conseguiu maioria absoluta nas eleições anteriores e fechou um acordo com o partido centrista de Clegg para governar em conjunto e estabilizar a economia.
Muitos britânicos consideraram que se tratava de uma exceção na política do país.
Mas a ascensão de partidos marginais, como o pró-independência Partido Nacional Escocês e o Partido da Independência (Ukip), contrário à permanência na União Europeia, drenaram o apoio aos dois principais partidos.
Uma pesquisa de opinião da TNS nesta quarta-feira mostrou o quanto a disputa está acirrada. Na sondagem, os conservadores estão 1 ponto à frente dos trabalhistas, o que indica que nenhum dos dois grandes partidos do país conseguirá maioria absoluta no Parlamento, de 650 assentos.
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