A votação no segundo turno da eleição presidencial no Equador, disputado por Luisa González, aliada do ex-presidente Rafael Correa, e Daniel Noboa, filho do bilionário do setor bananeiro Alvaro Noboa, está transcorrendo neste domingo (15) em clima de tranquilidade, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Essa votação marcará o ponto culminante de um processo eleitoral marcado pela crise de segurança no Equador, onde há uma onda de violência causada pelo crime organizado. O pleito entrou para a história do país por causa do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, morto a tiros ao sair de um comício eleitoral em Quito 11 dias antes da realização do primeiro turno.
A presidente do CNE, Diana Atamaint, informa que a votação no segundo turno está acontecendo “com fluidez em 90% dos colégios eleitorais” e que há poucos alertas de incidentes. A titular do órgão eleitoral equatoriano disse ainda que foi relatado um único incidente na província amazônica de Sucumbíos, onde, segundo vídeos nas redes sociais, uma pessoa teria marcado diversas cédulas de votação.
Por volta das 13h [horário local, 15h de Brasília] seis horas após o início da jornada eleitoral, foi registrada uma participação de 43,72% dos eleitores.
O ministro do Interior, Juan Zapata, afirma, que apesar de pequenos incidentes, o dia transcorreu com calma e descartou quaisquer atentados, embora tenha admitido que foram recebidas seis chamadas falsas com alertas que já foram descartados. “O país está em absoluta tranquilidade, não temos incidentes de segurança”, acrescentou Zapata, especificando que a polícia gerou 254 intimações, 250 delas por violação da proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas.
O vencedor destas eleições governará o país por um curto mandato de cerca de 15 meses, para completar o período que o atual presidente, o conservador Guillermo Lasso, não completará.
O governante optou por deixar o cargo mais cedo e forçar essas eleições em caráter extraordinário ao declarar, em maio, a chamada "morte cruzada", um mecanismo constitucional com o qual dissolveu a Assembleia Nacional (Parlamento) quando ela, controlada por uma maioria liderada por simpatizantes de Rafael Correa, se preparava para votar sua destituição do cargo.
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