O segundo turno no Haiti ocorreu no domingo aparentemente sem incidentes capazes de comprometer a credibilidade do processo eleitoral. Mas observadores haitianos e estrangeiros avaliam que o momento mais delicado - e potencialmente explosivo - ainda se aproxima: o anúncio oficial de quem será o próximo presidente, a ex-primeira-dama Mirlande Manigat ou o cantor Michel Martelly.
A primeira fase da votação, em novembro, havia sido contaminada por fraudes e problemas nas seções eleitorais. Mas foi quando a Comissão Eleitoral Provisória (CEP) revelou que o candidato e cantor Michel Martelly havia ficado em terceiro lugar - portanto fora da disputa - que começaram os mais sérios confrontos de partidários do político com forças de ordem nacionais e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Sob pressão internacional, autoridades haitianas mudaram o resultado inicial, colocando Martelly na última fase da disputa em detrimento do candidato governista Jude Celestin.
Segundo o calendário eleitoral, no dia 31 a CEP anunciará os resultados parciais, passíveis de contestação. Em seguida, os dois lados em disputa apresentarão as queixas, que serão avaliadas pela comissão. A última palavra do poder eleitoral virá apenas em abril.
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