O presidente peruano, Alejandro Toledo, disse na sexta-feira que a eleição presidencial do país, em que o social-democrata Alan García e o nacionalista Ollanta Humala disputam o segundo turno, será uma competição entre "a democracia e o autoritarismo".
Os peruanos elegerão em 4 de junho o sucessor de Toledo depois de, nem García, nem Humala, conseguirem mais da metade dos votos no primeiro turno, disputado em 9 de abril.
Humala, um militar aposentado que tem o apoio do presidente venezuelano, Hugo Chávez e que pretende nacionalizar a economia, tem sido classificado de autoritário para seus rivais e enfrenta acusações de supostas violações dos direitos humanos.
García, por sua vez, carrega o fardo do fracasso de seu governo anterior (1985 a 1990). Ele terminou o mandato com uma grave crise econômica e com a guerrilha Sendero Luminoso em seu auge. Ele, no entanto, é preferido por alguns investidores por ter um discurso menos radical do que o de seu adversário.
"Meus queridos amigos, quero ser claro nesta tarde. Esta próxima eleição não é uma competição entre um candidato e o outro, é a decisão entre a democracia e o autoritarismo", disse Toledo na cidade de Trujillo, no norte do país e local de fundação do Apra, partido de García.
"À medida que venho com mais frequência, tenho a leve sensação que estou me metendo no coração do Apra", disse Toledo que bateu García nas eleições de 2001.
O partido de Toledo, o Peru Possible, não apresentou candidato presidencial nas eleições.