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VARSÓVIA, Polônia - O candidato Donal Tusk saiu em primeiro lugar nas eleições presidenciais realizadas neste domingo na Polônia, mas não conseguiu a maioria necessária para decidir a disputa em primeiro turno.

Segundo pesquisas de boca-de-urna, Tusk, o candidato do partido moderado recebeu 38% dos votos, contra 33% do conservador Lech Kaczynski. O esquerdista Andrzej Lepper recebeu 13%, e o social-democrata Marek Borowski, 10%.O segundo turno das eleições será realizado no dia 23 de outubro.

O resultado oficial da apuração será divulgado nesta segunda-feira.

Depois de uma onda de corrupções e denúncia ao longo de uma administração de esquerda, o retorno aos antigos valores tem sido o mote da campanha dos dois candidatos.

Kaczynski procurou pregar uma ruptura com o passado comunista de um país que passou por muitas dificuldades, prometendo uma "revolução moral" e a formação de uma "quarta república polonesa". Segundo ele, a Polônia precisa focar em metas como patriotismo, eqüidade de oportunidades e sistemas de educação e saúde públicos.

Citando a igreja católica e a família, o atual prefeito de Varsóvia evocou os direitos religiosos e discutiu a imposição de limites para os direitos dos homossexuais, trazendo também à tona a promessa da volta da pena de morte. Suas atitudes deixaram assustada a União Européia.

Tusk, que é um ex-ativista da Solidariedade, pregou a redução da influência do estado, defendendo que os cidadãos assumam mais responsabilidade e tenham mais liberdade.

Ele próprio já se classificou como "um moderado" e diz que os homossexuais devem ser livres para exercer qualquer carreira, embora seja contra uma legislação que autorize a união civil entre pessoas de mesmo sexo.

Tusk acredita que a Polônia precisa ser mais vigorosa nas reformas que a levem a ter um mercado mais aberto e diz que o país, desta maneira, reduziria seus índices de desemprego de 18%, o mais alto entre os membros da União Européia.

Ele também diz que a melhor cura para a falta de empregos e o baixo crescimento é o corte de impostos, e deixou claro que apóia a entrada da Polônia na Zona do Euro.

Kaczynski e seu partido conservador Lei e Justiça o classificam como um "perigoso liberal" cuja política beneficiaria os ricos às custas dos pobres.

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