O candidato do partido governista da Nigéria, Bola Tinubu, foi declarado presidente eleito do país nesta quarta-feira (1º), quatro dias depois dos eleitores do país mais populoso da África irem às urnas.
Tinubu, ex-governador do estado de Lagos e candidato do Congresso de Todos os Progressistas (APC), partido do presidente Muhammadu Buhari, obteve 8,79 milhões de votos. Atiku Abubakar, do Partido Democrático do Povo (PDP), teve 6,98 milhões de votos, enquanto Peter Obi, do Partido Trabalhista, conseguiu 6,1 milhões.
Pela lei eleitoral nigeriana, um candidato pode ser declarado vencedor com qualquer diferença sobre o segundo colocado, desde que obtenha a partir de 25% dos votos em pelo menos dois terços dos 36 estados nigerianos e na capital federal, Abuja, condições que Tinubu atendeu.
Os partidos derrotados alegaram fraude na eleição, citando uma mudança de tecnologia no sistema de votação que teria alterado os resultados.
“Os resultados declarados no Centro Nacional de Colação foram fortemente adulterados e manipulados e não refletem o desejo dos nigerianos expresso nas urnas”, afirmaram, em comunicado conjunto. O órgão eleitoral da Nigéria refutou as acusações.
Antes da eleição, a chapa de Tinubu havia gerado críticas de entidades cristãs, já que ele e seu candidato a vice, Kashim Shettima, são muçulmanos.
Essas associações temem que um governo liderado por dois muçulmanos pode manter o que apontam como negligência no enfrentamento ao terrorismo islâmico, que atinge principalmente cristãos no norte do país, ou até agravar a situação.
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