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Hillary  Clinton, secretária de Estado dos EUA, é o nome mais forte entre os democratas para suceder Barack  Obama | Lucas Jackson/Reuters
Hillary  Clinton, secretária de Estado dos EUA, é o nome mais forte entre os democratas para suceder Barack  Obama| Foto: Lucas Jackson/Reuters

Mudanças

Obama enfrenta pressão para renovar equipe e resgatar governabilidade

Reuters

Uma reformulação na equipe do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parece quase certa para depois das eleições legislativas de hoje, que devem trazer perdas substanciais para o partido democrata e também podem aumentar a pressão para Obama renovar sua Presidência.

Pesquisas apontam que os republicanos, que fizeram da impopularidade de Obama uma grande bandeira na campanha, estão em uma forte posição para tomar os seis assentos necessários para tirar o Senado das mãos dos democratas. Eles também devem expandir sua maioria na Câmara dos Deputados.

Resistência

Antigos e atuais assessores da Casa Branca, no entanto, dizem que mesmo que essas previsões se confirmem, Obama deve resistir a pedidos para que faça uma mudança geral para seus últimos dois anos no cargo, uma decisão que difere das rápidas manobras realizadas por seus antecessores após revezes semelhantes nas urnas. Mesmo uma lenta e gradual reformulação pode acrescentar novos talentos a um círculo interno que tem sido criticado por ser muito isolado.

435 deputados representando os 50 estados, além de delegados do Distrito de Columbia e dos territórios (que não têm direito a voto) serão eleitos hoje. Já no Senado, serão renovadas 33 das 100 cadeiras (cada estado tem dois senadores na Casa). O partido democrata controla 53 das 100 cadeiras na atual legislatura, enquanto o partido republicano tem apenas 45. Os deputados têm mandato de dois anos, enquanto para os senadores são seis.

As eleições legislativas e para governador nos EUA só chegam ao fim hoje, mas os norte-americanos já respiram a corrida presidencial de 2016. Na campanha de 2014, políticos que acalentam o sonho de disputar a Casa Branca caíram na estrada e arrecadaram fundos, testando viabilidade e prestígio junto a eleitores e doadores.

Ex-secretária de Estado, ex-senadora e ex-primeira-dama, a democrata Hillary Clinton concentra as atenções, pois sua candidatura é dada como certa e seu nome, muito forte. Mas tanto em seu partido quanto entre os republicanos, ao menos 65 pessoas foram mencionadas nesse ciclo como possíveis candidatos à nomeação daqui a dois anos.

Um dos indicadores mais observados pelos analistas para determinar a disposição de um político em concorrer à Presidência é a passagem por Iowa, que abre o ciclo das primárias que definem os candidatos. Em 2014, pelo menos dez interessados desembarcaram por lá mais de uma vez.

"Mas quem larga na frente sempre acaba desidratando, e quem emerge das primárias chega energizado. Favoritismo não ganha eleição. A corrida presidencial é competitiva", salienta a cientista política Lara Brown, da George Washington University.

Republicanos

O campo republicano é o mais fértil à especulação, devido ao fato de o partido estar fora da Presidência desde 2009 e à ascensão da ala ultraconservadora desde 2010. Pesquisa The Washington Post/ABC tem ido às ruas com 14 opções de nomes: do favorito do Tea Party Ted Cruz, senador pelo Texas, ao libertário Rand Paul, senador por Kentucky, passando pelo latino Marco Rubio, senador pela Flórida, entre outros.

Os nomes melhor posicionados hoje junto ao eleitorado republicano são o ex-candidato presidencial de 2012, Mitt Romney (21%), e o ex-governador da Flórida Jeb Bush (11%).

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