350 milhões de eleitores europeus estão aptos para votar nas eleições para o Parlamento Europeu e escolher quem serão seus representantes nos 751 assentos do Parlamento. As votações começaram na quinta-feira e terminam hoje. Segundo as pesquisas, entre 25% e 30% das vagas devem ser ocupadas por eurocéticos.
Em um pequeno pub em uma esquina da Inglaterra, o restante da Europa parece estar muito distante. É exatamente assim que Nigel Farage gosta. O líder do Partido da Independência do Reino Unido saboreia sua cerveja em um caneco com o sorriso de um homem a caminho de receber a maior quantidade de votos dos britânicos nas eleições para o Parlamento Europeu, um organismo que Farage quer abolir, junto com todo o bloco de 28 nações que formam a União Europeia.
"Queremos de volta o nosso país. Ele foi vendido", diz Farage. Os partidos eurocéticos clamam contra a burocracia da UE que, segundo eles, afeta agricultores e empresas, e são contra a abertura das fronteiras.
Um número crescente de eleitores concordam com ele, não só na Grã-Bretanha, um país insular e desconfiado da Europa, mas por todo o continente. Em meio à crise econômica e às medidas de austeridade, uma união construída a partir das ruínas da Segunda Guerra em cima de uma visão de paz, unidade e prosperidade agora parece mesmo um pouco instável. Os partidos que querem reformar, refazer ou até desmantelar a UE estão ganhando terreno. Os anos de recessão e as medidas de austeridade corroeram a fé dos europeus em uma instituição com um orçamento anual de 140 bilhões de euros e que influencia tudo, desde a agricultura até a justiça.
Pesquisas sugerem que os partidos eurocéticos podem conquistar entre 25% e 30% dos 751 assentos do Parlamento Europeu nas eleições que começaram na quinta-feira e terminam hoje. Na Grã-Bretanha, o partido de Farage, que defende a saída do Reino Unido da UE e nunca conquistou um assento no Parlamento britânico, aparece nas pesquisas em primeiro lugar, à frente do Partido Trabalhista.
O fenômeno em toda a Europa. Muitos eleitores de países ricos, como a Alemanha, lamentam ter de socorrer os seus vizinhos do sul, como Grécia e Portugal. Enquanto isso, pessoas dos países resgatados se sentem humilhadas e punidas com o reembolso.
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