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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia amanhã, terça-feira (12), as consultas com os partidos após as eleições deste domingo (10), recebendo primeiro o PAN e terminando no dia 20 de março com o vencedor do pleito, a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD).
Segundo um comunicado da presidência portuguesa, Rebelo de Sousa nomeará um novo primeiro-ministro depois de, dentro de poucos dias, serem conhecidos os resultados da votação dos portugueses no exterior.
Segundo o calendário divulgado pela presidência, Rebelo de Sousa receberá o ambientalista Livre depois do PAN, na quarta-feira (13); a CDU-PCP, aliança de comunistas e verdes, na quinta-feira (14); o Bloco de Esquerda, na sexta-feira (15); e a Iniciativa Liberal, no sábado (16).
Na segunda-feira (18), será a vez do partido de direita anti-imigração Chega, enquanto no dia seguinte receberá o Partido Socialista (PS) e, na quarta-feira (20) , a Aliança Democrática, grande vencedora do pleito.
O presidente português receberá os líderes das diferentes legendas todos os dias às 17h (horário local, 14h de Brasília).
Neste domingo (10), o líder da AD, Luís Montenegro, declarou-se vencedor das eleições legislativas, com resultados muito próximos do Partido Socialista.
Com 99,01% das urnas apuradas, na ausência dos votos do exterior, o PS obteve 28,66% dos votos (77 assentos), enquanto a AD aparece com 28,63%, aos quais se somam os 0,86% alcançados pelo partidos que compõem a aliança na Madeira, alcançando 79 assentos.
O Chega é o terceiro colocado, com 18,06% dos votos (48 assentos), seguido pela Iniciativa Liberal, que obteve 5,08% dos votos (8 assentos).
Atrás deles está o Bloco de Esquerda, com 4,46% dos votos e cinco cadeiras; a CDU-PCP, com 3,30% dos votos e quatro assentos; o Livre, com 3,26% e 4 deputados; e o PAN, com 1,93% e um assento.
Sem dúvida, o grande vencedor da noite foi o Chega, que quadruplicou os seus resultados em relação às eleições de 2022, nas quais obteve 12 deputados.
Neste contexto, o líder da AD anunciou a intenção de formar um governo minoritário sem o apoio do Chega, de maneira que a viabilidade do futuro Executivo permanece em questão, uma vez que o candidato do PS, Pedro Nuno Santos, avisou que não respaldaria esse governo, já adiantando que atuará como oposição.
Montenegro também comentou ontem à noite que tem “expectativas fundadas” de que Rebelo de Sousa lhe pedirá para formar um governo. (Com Agência EFE)