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Lojas protegem suas vitrines com placas de madeira em Nova York, 2 de novembro. As cidades americanas se preparam para possíveis protestos violentos após o resultado das eleições
Lojas protegem suas vitrines com placas de madeira em Nova York, 2 de novembro. As cidades americanas se preparam para possíveis protestos violentos após o resultado das eleições| Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP

Proprietários de comércio em diversas cidades dos Estados Unidos se preparam para possíveis protestos violentos e saques após as eleições presidenciais do país que ocorrem nesta terça-feira (3). Lojas, restaurantes e outros negócios em Washington, Nova York, Los Angeles e outras cidades protegeram suas portas e vitrines com placas de madeira e contrataram seguranças para impedir a entrada de saqueadores.

Após um ano marcado por protestos e tensões sociais no país, os lojistas temem que os resultados da disputada eleição provoquem novos confrontos. Alguns locais fecharão as portas no fim da tarde enquanto outros não abrirão nesta terça-feira, segundo a imprensa americana. As despesas extras com segurança e com o fechamento das lojas são mais um revés para os lojistas americanos, que ainda sofrem os impactos da pandemia de coronavírus.

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Discurso nas redes

A preocupação tem justificativa: postagens online de grupos de esquerda e de direita mostram que os dois lados esperam que o outro lado instigue caos e violência no dia da eleição ou depois, segundo levantamento da empresa de análise de dados Babel Street.

"Tanto o lado direito quanto o esquerdo da divisão política acreditam veementemente que estão corretos e que o outro lado causará tumultos e caos, incluindo o incitamento à violência, no caso de resultado desfavorável", disse a Babel Street em comunicado à imprensa na segunda-feira.

Grupos de esquerda e de direita questionam a integridade do processo eleitoral americano e preveem que o candidato derrotado não concederá a vitória, diz a análise. A empresa examinou postagens em redes sociais e em fóruns menos populares como o Telegram, Gab, Voat, 4chan e 8kun.

Ambos os lados pediram aos apoiadores que se armassem em preparação ao caos previsto para depois da votação, mas, até o momento, nenhum dos lados está de fato incitando os grupos a provocar a violência, apenas para estarem preparados, concluiu a empresa. "A Babel Street não conseguiu detectar ameaças específicas ou esforços organizados para incitar violência ou promover operações de contra-violência estilo vigilantes. Os dados mostram, no entanto, que um número significativo de pessoas não apenas acredita que a violência vai explodir após a eleição, mas que estão dispostas a responder se isso acontecer".

Organização online

Grupos liderados pelo movimento Black Lives Matter e Shutdown DC estariam promovendo videoconferências nos últimos meses com sessões de treinamento para manifestantes e planejando uma grande manifestação nos arredores da Casa Branca, noticiou a Fox News.

Segundo a rede de notícias, documentos vazados e gravações de sessões em vídeo descrevem uma rede coordenada de ativistas que buscam mobilizar grupos no país, especialmente se o presidente Donald Trump for reeleito.

Na véspera do dia da eleição, o entorno da Casa Branca foi cercado com grades para afastar manifestantes, em sinal de preparação para eventuais tumultos.

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