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Ao contrário do que aconteceu em conflitos internacionais anteriores, dessa vez o Brasil não se empenhou diretamente na liderança das mediações. Isso não quer dizer, contudo, que o governo brasileiro não esteja envolvido nas negociações. "Não há vantagem para o Brasil em se intrometer diretamente na me­­diação, mas pode haver desvantagens", explica Funari. Como há eleições presidenciais em curso no país, um fracasso nas negociações poderia causar problemas à campanha da candidata do governo, Dilma Rousseff.

O principal interlocutor brasileiro nesse imbróglio sul-americano é Marco Aurélio Garcia, assessor de assuntos in­­terna­­cio­­nais do Palácio do Pla­­nalto. Mas o presidente Lula – que sempre manteve laços es­­trei­­tos com o governante venezuelano – não se pôs totalmente à parte da questão.

Horas após Chávez ter reagido à acusação colombiana, na quinta-feira passada, Lula telefonou para o presidente da Vene­­zuela propondo a troca do centro de discussões do conflito da OEA para a Una­­sul.

Em outros conflitos, como a crise em Honduras, o governo brasileiro atuou diretamente nas negociações.

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