Eleições na Catalunha movimentam política espanhola e colocam em xeque governabilidade de Sánchez

As assembleias de voto abriram neste domingo (12) na Catalunha, onde cerca de 5,7 milhões de eleitores estão aptos para participar do pleito nesta região importante na política da Espanha.

Os 2.695 locais de votação abriram as portas às 9h (horário local, 4h de Brasília) para iniciar o dia de votação até às 20h (horário local, 15h de Brasília). As eleições decidem os 135 assentos no Parlamento da Catalunha na próxima legislatura, que é aquela que elege o presidente do governo regional.

Entre as novidades das eleições, destaca-se o uso de inteligência artificial nos locais de votação para agilizar a transmissão da contagem dos votos.

As pesquisas indicam que foram feitos alguns pactos para poder governar, com uma projeção de votos que coloca o partido socialista em primeiro lugar, mas sem maioria suficiente, seguido pelos independentistas de Juntos pela Catalunha (JxCaT) e da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), que governa a região até agora.

JxCaT é o partido de Carles Puigdemont, que presidiu ao governo catalão quando ocorreu a declaração unilateral ilegal de independência em 2017, após a qual fugiu da Justiça espanhola e está agora na França.

As pesquisas colocam atrás deles o Vox, de direita, o Candidatura de União Popular (CUP), os liberais Ciudadanos, que podem ficar de fora do Parlamento regional, e o conservador Partido Popular.

O resultado influenciará a política espanhola, uma vez que o chefe do governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, precisa dos independentistas catalães representados no Parlamento nacional para governar o país.

Sánchez foi reeleito presidente em 2023 graças a acordos parlamentares, com destaque para um com soberanistas catalães. (Com Agência EFE)