A 24 horas do encerramento da campanha para as eleições gerais deste domingo (23), na Espanha, os candidatos a liderar o novo governo do país se lançaram na busca pelos votos dos indecisos, especialmente os dois partidos que lutam para ser a terceira maior força política: a coalizão de esquerda Sumar, e a legenda de direita, Vox.
Liderados, respectivamente, pela segunda vice-presidente do atual governo, Yolanda Díaz, e por Santiago Abascal, esses partidos podem ser fundamentais para a formação do governo que vai emergir das urnas no domingo, desde que o conservador Partido Popular (PP), liderado por Alberto Núñez Feijóo, nem o Partido Socialista, do atual governante, Pedro Sánchez, obtenham maioria parlamentar suficiente para não depender de alianças.
Neste sábado (22), a campanha eleitoral terminará, assim como a possibilidade de votar pelo correio, graças ao fato de que a Junta Central Eleitoral (JCE) decidiu prorrogar o prazo por mais um dia para "facilitar ao máximo o direito de sufrágio dos cidadãos que optaram por esse procedimento de votação".
Ainda, há cerca de 170 mil cédulas que ainda não foram coletadas, segundo dados provisórios da empresa estatal de serviços postais.
Os números refletem que mais de 2,6 milhões de espanhóis, de um censo total de 35,1 milhões de residentes, votarão por correio, o que é um recorde histórico e um aumento de 94,71% em comparação com as eleições de 2019.
Ecos do "debate a três"
O fato de as eleições terem sido antecipadas por Sánchez para o auge do verão na Espanha, quando as temperaturas podem chegar a 40 graus Celsius em algumas partes do país e com a maioria dos espanhóis de férias, foi um dos primeiros pontos de discussão e controvérsia envolvendo o pleito.
O tema virou uma das promessas eleitorais de Núñez Feijóo, que nesta quinta-feira (20) se comprometeu a reformar a lei eleitoral para que as eleições não possam ser realizadas em julho e agosto, exceto em casos de "urgência e necessidade extraordinárias".
O candidato conservador retomou os eventos de campanha com seu nome na berlinda, depois de ter sido o grande ausente no último debate eleitoral realizado nessa quinta-feira, na rede de televisão pública espanhola, do qual Sánchez, Díaz e Abascal participaram.
A disputa televisionada viu a união da esquerda, representada por Sánchez e Díaz, contra Abascal e a constante lembrança da ausência de Feijóo, que foi acusado de ter medo de aparecer publicamente no debate ao lado do líder da Vox.
Apoio de Lula a Sánchez
Na reta final para as eleições, Sánchez recebeu o apoio de líderes estrangeiros, como Lula; o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
Eles assinaram um manifesto pedindo que o líder socialista espanhol conquiste "uma maioria de progresso" no próximo domingo.
O manifesto foi assinado por outros políticos esquerdistas, como o presidente da Argentina, Alberto Fernández; a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen; a prefeita de Paris, Anne Hidalgo; o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown; e a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet.
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